terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

A história de Michael Jackson e Wade Robson!

Wade Robson, amigo de Michael Jackson desde criança testemunhou em defesa do cantor quando este foi acusado de abuso de crianças!

"Eu costumava falar com Michael durante três horas por dia. Nunca descobri como ele conseguia arranjar tanto tempo, já que parecia tão ocupado, mas ele 
sempre telefonava e nós conversávamos, conversávamos e 
conversávamos. Ele tinha um telefone que usava para falar comigo e 
mandar mensagens. Tudo isso fazia parte de uma amizade que durou mais 
de 20 anos.
Conheci o Michael quando ele estava a começar a Bad Tour, em 1987. Eu tinha 5
anos nessa época, e a equipa do Michael organizou uma competição de 
dança em todos os países, então, eu decidi participar em Brisbane (*cidade
australiana). Lembro-me de dançar “Thriller” enquanto assistia ao 
video, quando tinha apenas 2 anos de idade! A minha mãe tinha uma cassete 
e, quando assisti, simplesmente enlouqueci! Eu costumava correr 
assustado para a cozinha sempre que o lobisomem aparecia no ecran. 
Quando fiz 3 anos, já tinha aprendido a coreografia inteira da 
música.
Acabei por ganhar a competição de dança. Fomos ver um show do Michael em Brisbane e fui apresentado a ele no “meet and greet”.
Recordo-me de usar uma roupa personalizada de “Bad” – peguei no 
cinto da minha mãe e dei umas cinco voltas ao meu redor. Michael ficou 
impressionado e perguntou se eu dançava. Eu respondi que sim e
então, ele disse: “Você gostaria de dançar comigo no espéctaculo de 
amanhã?”.
Eu não conseguia acreditar. Ele se referia ao grande espéctaculo da noite 
seguinte, em Brisbane. A ideia de Michael era de que eu apareceria no palco para
dançar Bad, a última música do show. Ele tinha trazido algumas 
crianças órfãs, por isso, achou que seria bom que eu também 
aparecesse no final da apresentação de Bad. No final da música, 
estávamos todos no palco, Stevie Wonder também estava lá, Michael veio 
até a mim e disse: “Vamos lá!”. Levei algum tempo para entender o que aquilo 
significava...algo como “Dá o teu espéctaculo!”. Então, corri para a frente do 
palco e atirei o meu chapéu para o público, que, imediatamente, começou a 
delirar! Quando me virei, Michael estava a dizer adeus para a 
multidão, as outras crianças já tinham ido embora e Stevie Wonder estava
a ser guiado para os bastidores.
Quando percebi que Michael estava a chamar-me, saí a correr. Depois, a minha 
mãe e eu passamos duas horas no hotel com Michael e ficamos 
amigos. Ele mostrou os seus novos clipes para o filme Moonwalker e nós
conversamos muito. Depois disso não pudemos manter contacto,
mas eu entrei numa companhia de dança – literalmente, no dia seguinte 
ao espéctaculo de Michael -, e, dois anos depois, fui aos Estados Unidos 
para conhecer a Disneylândia. Entrei em contato com Michael através de 
pessoas da sua equipa, e ele lembrou-se de mim! Eu e a minha família 
fomos ao estúdio Record One, onde seu próximo álbum, Dangerous, 
estava sendo mixado. Mostrei-lhe alguns dos meus vídeos de dança e 
ele perguntou: “Você e a sua família gostariam de ir a Neverland 
essa noite?”. Claro que todos nós dissemos que sim e acabamos por ficar no
rancho por duas semanas.
A amizade floresceu. Durante aqueles 14 dias, ele levava-me ao seu 
estúdio de dança, colocava alguma música e nós dançávamos por horas! 
Costumávamos assistir a filmes como As Tartarugas 
Ninjas. Uma vez, saímos de Neverland no carro de Michael, a ouvir
música no último volume!
Ele ainda ensinou-me a fazer o moonwalk.
Estávamos no seu estúdio de dança, e Michael mostrou-me passo por 
passo. Eu não conseguia dormir a noite toda… A emoção de deslizar para 
trás ao lado do homem que tornou esse passo famoso era 
indiscritível!
Anos mais tarde, eu e a minha mãe fomos viver para os Estados Unidos para que
eu conseguisse realizar o meu sonho de trabalhar com a dança, e 
Michael ajudou muito! 
Ele deu-me a oportunidade de começar em grande ao colocar-me
num dos seus videos mais famosos, Black Or White. O papel que 
ele assumiu comigo era de um verdadeiro mentor.
Quando eu tinha 7 anos, ele disse que eu seria um director de cinema, e 
realmente foi isso que me tornei. Michael criou uma sede de 
conhecimento em mim. Uma vez, um mini estúdio de gravação apareceu 
na minha porta, mas o mais fixe foi que Michael impediu de me 
tornar uma criança mimada. Ele dizia: “Isto é para ti, mas eu quero 
que tu faças algo com isto. Não penses que é um dado adquirido, se não ficas sem ele."
A última vez que o vi foi em julho de 2008. Eu estava em Las Vegas, 
a trabalhar num programa e ele estava a morar lá. Eu, a minha esposa, 
Michael e os seus três filhos fizemos um churrasco. Foi a coisa mais 
normal do mundo. Eu e a minha esposa fomos à Whole Foods (* supermercado 
da cidade) e compramos coisas para cozinhar. Mas quando chegamos lá, 
ele já tinha improvisado tudo. Eu disse: “Michael, porque trouxeste 
tanta comida? Nós já temos o suficiente aqui”. Lembro-me de ter 
cozinhado no lado de fora da casa, enquanto Michael estava sentado, 
protegido por um guarda-chuva.
Tivemos grandes momentos, ele era uma pessoa tão carinhosa! Acima de tudo, 
sentirei falta dessas conversas pelo telefone. Eu ainda tenho o 
telefone que usávamos para conversar. Simplesmente não suporto a ideia 
de apagar aquelas mensagens…
Michael Jackson mudou o mundo – e, pessoalmente, a minha vida – para sempre. 
Ele é a razão pela qual eu danço, a razão pela qual eu faço música, e 
uma das principais razões para eu acreditar na bondade pura da espécie
humana. Ele foi meu amigo por mais de 20 anos. Sua música, sua dança,
suas palavras de inspiração e encorajamento e seu amor incondicional 
vão viver dentro de mim eternamente. Vou sentir muitas saudades dele, mas
sei que agora ele está em paz e encantando os céus com belas músicas e
um moonwalk.
- Por Wade Robson

3 comentários:

Anônimo disse...

Estou arrepiada e sem palavras... Uma história de amor puro e verdadeiro... uma história que só poderia fazer parte da vida de Michael Jackson... Só ele consegue fazer florescer nos nossos corações, emoções como esta que sentimos ao ler esta história...
Às vezes penso que já não é possível, mas cada vez que leio uma história como esta, digo para mim mesma... É possivel sim... é possível admirar-te, orgulhar-me de ti e amar-te cada dia mais Michael...

Cláudia

Anônimo disse...

Nem preciso de dizer mais nada, a Cláudia disse tudo.
É sempre comovente ler estas histórias. :)

Ana cristo

Andreia Cristina. disse...

Esse é o verdadeiro Machael Jackson é uma história mto linda e acredito piamente na pureza dele e nada vai mudar meu pensamentos.
I love you forever.