domingo, 13 de maio de 2012

Trabalhar com Michael Jackson - Por Teddy Riley!

O produtor músical Teddy Riley, concedeu uma entrevista à revista Vibe, onde falou das suas parcerias com Michael Jackson! Teddy Riley trabalhou com Michael em "Dangerous", "Invincible" e por fim no álbum póstumo "Michael".

Dangerous—Michael Jackson (1991)

“Era a pessoa mais assustada do mundo quando conheci Michael Jackson. Quando o conheci estava aterrorizado... literalmente. Estava no seu rancho numa sala que continha todos os seus troféus. Vi os seus prémios humanitarios... todas esas coisas. Havia também um tabuleiro de xadrez no meio da sala. Aproximei-me e vi que era todo de ouro. Quando coloco a mão sobre a primeira peça, Michael põe a mão no meu ombro. Tudo o que vi foi Michael a rir-se. Isso tranquilizou-me porque normalmente quando tocas em algo de algúem na casa da pessoa, ela costuma olhar para ti com aquela cara de "simpática" mas Michael riu-se. O meu coração ficou mais calmo, e depois chegou a altura de entrarmos em estúdio para começarmos a trabalhar no álbum "Dangerous" . Antes de começar a trabalhar com Michael, passei por uma grande transição na minha vida!
Perdi o meu pai e o meu melhor amigo e depois disto só tinha vontade de produzir. Até que um dia o Michael Jackson ligou-me e disse que queria trabalhar comigo. O que fiz foi devolver a Michael as suas raízes do R&B.
Trabalhar com Michael era como ir para a escola. Ele guiava-me. Navegava comigo no caminho sobre como fazer a composição. Ensinou-me as diferentes formas em que trabalhou com Quincy Jones e Greg Phillinganes. Quando lhe mostrei as minhas demos ele parou na quinta música, que era ‘Remember The Time.’ Levou-me para outra sala e pensei que me fosse despedir. Pensei que tinha feito algo errado, mas era tudo por causa de uma harmonia que não encaixava.
Michael perguntou-me que harmonia era aquela e o que significava para mim...e fez com que a tocasse ao piano que havia nessa sala. Ele só ia trabalhar em Dó maior. E então apresentei-lhe as harmonias do New Jack Swing. Todos esses temas eram geniais para interpretar: ‘In The Closet’; ‘Jam’; ‘Can’t Let Her Get Away’… Isso é história para mim. Foi um grande momento fazer parte do álbum "Dangerous"... mais de 30 milhões foi o que esse disco vendeu."

Invincible—Michael Jackson (2001)

“Michael e eu começamos a trabalhar em Invincible em Nova Iorque. Na altura Michael mandou construir um estúdio para mim. Ele tinha os Criteria Studios mas mandou fazer um estúdio para mim em duas semanas.. Michael dizia: "Vai para casa... o estúdio estará construído em duas semanas". O resto do álbum acabamos em Miami. Quando comecei a trabalhar em Invincible, uma das canções que defendi foi "Whatever Happens". Era inicialmente para um artista que se tinha juntado à minha editora. Íamos fornecer a música para a Interscope, mas houve problemas...Pedi então aos produtores se podia trabalhar esta canção para Michael e deixaram-me. Disse á discográfica que necessitava de uma orquestra de 40 músicos para as cordas da canção. E disse a Michael que seria uma boa escolha ter Carlos Santana no tema para a parte da guitarra.. Michael disse: "OK, eu arranjo isso".
Houve muitos problemas com este disco [ri-se]. Michael tornou-me responsável por variadas coisas... Michael estava também furioso por causa dos planos de marketing para Invincible. Eu queria estar do lado de Michael e foi o que fiz...Para mim era um disco que ia vender muito bem, mas quando Michael viu os planos de marketing disse: "ficarei surpreendido se o disco vender alguns milhões".
Nota: Invincible foi todavia um sucesso com 13 milhões de cópias vendidas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Michael estava inseguro e com receio, mas... Michael é Michael! O q significa... SUCESSO SEMPRE!

Cláudia